Se tem uma coisa que todo mundo já percebeu é como a indústria do cinema lá fora está, aos poucos, ficando mais colorida, mais aberta, mais plural. É só olhar os filmes que chegam nos streamings ou nas telonas: cada vez mais vemos atores e atrizes de várias origens, histórias diferentes, temas que antes ficavam de lado. Dá até uma sensação boa de que as coisas estão mudando, não é?
Mas toda vez que chega a época do Oscar, bate aquele déjà vu: a lista de indicados continua muito parecida com as de anos atrás. A maioria é branca, quase sempre homens, e parece que a representatividade que a gente vê nos filmes não aparece tanto na premiação. E aí bate aquela pergunta: por que será que, mesmo com Hollywood mais diversa, o Oscar ainda fica devendo?
Hollywood mudou, mas o Oscar não acompanhou?
Quem acompanha cinema sabe que muita coisa evoluiu nos últimos anos. Atores negros, asiáticos, latinos e de outras etnias passaram a ganhar mais espaço não só em papéis secundários, mas também como protagonistas. Tem diretoras mulheres, roteiristas de todos os tipos, histórias que abordam outras culturas e realidades.
Só que, na hora do Oscar, a impressão é que a festa não mudou tanto assim. E olha que não faltam bons exemplos vindos de todos os lados. O problema parece ser mais em quem decide quem entra ou não na lista dos indicados.
Como funciona a escolha dos indicados
A Academia, que organiza o Oscar, tem um grupo de votantes. Por muitos anos, a maioria dessas pessoas era formada por homens brancos, mais velhos, muitos deles com uma visão de cinema mais tradicional. Mesmo com algumas mudanças nas regras e na inclusão de novos membros, esse perfil ainda pesa bastante na escolha dos indicados.
Isso acaba influenciando nas escolhas. Às vezes, filmes super elogiados, que trazem diversidade, ficam de fora das principais categorias. Enquanto isso, histórias já conhecidas ou com protagonistas tradicionais acabam levando a melhor.
O impacto disso tudo
Quando a maior premiação do cinema não acompanha as mudanças que estão rolando nas telas, muita gente sente que o reconhecimento ainda não é igual para todo mundo. Para quem está começando, então, pode dar aquela sensação de que o espaço continua restrito.
E, no fundo, o Oscar tem um peso enorme: é ele que pode abrir portas, atrair investimento, garantir mais chances para quem trabalha no cinema. Por isso, tanta gente observa de perto os indicados e cobra mudanças.
O que pode mudar daqui pra frente
Algumas ações já rolam para tentar melhorar esse cenário. A própria Academia abriu espaço para mais profissionais de diferentes origens, e tem investido em campanhas de inclusão. Mas mudar uma tradição tão antiga leva tempo e exige uma atenção constante.
No fim das contas, todo mundo que ama cinema torce para ver cada vez mais rostos diferentes nas premiações e histórias que realmente representem o mundo lá fora. Afinal, quando todo mundo se vê nas telas, o cinema fica muito mais interessante.